Nobreza é a arte da grandiosidade

Nobreza é a arte da grandiosidade

Barões, condes, duques, princesas e rainhas representam uma estratificação social ainda vigente na civilização humana, chamada nobreza. Nome dado para expressar o quão superiores são aquelas pessoas que se distinguem dos demais humanos comuns. A essas pessoas são imputadas atitudes heroicas e feitos incríveis na história e, delas, são aguardadas fidalguia, liderança e poder para transformar a realidade dos seus contemporâneos.

No entanto, nobreza é mais do que um título, é atitude e comportamento antes de tudo. Desse modo, vale destacar um nobre inglês que tornou-se famoso no mundo todo nos últimos 200 anos por dar nome a um chá.

 

 

Seu nome é Charles Gray (1764-1845), um aristocrata inglês educado em Eton e Cambridge e eleito para o Parlamento aos 22 anos. Casou-se com a irlandesa Mary Elizabeth Ponsonby e teve seis filhas e dez filhos. Antes de se casar, porém, ele teve uma filha ilegítima com a Duquesa de Devonshire, que é o tema do filme de 2008, “A Duquesa”.

Ele herdou o título de Conde quando seu pai faleceu em 1807 e se tornou membro da Câmara dos Lordes. Charles Gray, o segundo Earl Gray foi primeiro-ministro do Reino Unido de 1830 a 1834. Ele foi conhecido por defender a reforma parlamentar e a emancipação católica. Duas de suas reformas mais notáveis ​​foram a Lei de Reforma de 1832 e a Lei de Abolição da Escravidão de 1833, mas, curiosamente, o monopólio da Companhia das Índias Orientais no comércio da Grã-Bretanha com a China terminou enquanto ele era primeiro-ministro.

 

 

Muitas histórias estão associadas à origem do famoso Earl Grey, mistura clássica de chá preto com essência de laranja bergamota, fruta cultivada na Itália. A mais conhecida refere-se à boa ação de um de seus diplomatas na China ao salvar a vida de um mandarim ou de seu filho. Em agradecimento, a receita foi levada à Inglaterra como presente ao Conde Gray. Outra versão conta como a mistura foi criada acidentalmente, quando um carregamento de chá e bergamotas foi enviado junto de diplomatas na China e o sabor da fruta foi absorvido pelo chá durante o transporte. Menos grandiosa é a história que envolve um mandarim chinês, amigo do conde, que criou a mistura para disfarçar o sabor dos minerais da água de Howick Hall, residência da família Gray em Northumberland, Inglaterra.

 

 

A versão da Espírito do Chá para o clássico ‘Earl Grey’ é uma homenagem ao Theatro Municipal do Rio de Janeiro, uma das nobres instituições de cultura do país, cuja opulência e majestade expressam a importância do cenário artístico brasileiro.

 

 

Inaugurado em 1909, o teatro é um patrimônio fluminense, apresentando ao público grandiosos espetáculos de dança, música, ópera e artes cênicas de qualidade internacional, que emocionam gerações há mais de cem anos. Na última reforma, foram resgatadas preciosidades como um grande painel original do italiano Eliseu Visconti. Importantes áreas do Theatro foram restauradas, com destaque para a imponente águia de 350 kg que enfeita o topo da construção, que recebeu 8 mil folhas de ouro 23 quilates de douramento.

 

Para saber mais, acesse:

http://theatromunicipal.rj.gov.br/o-theatro-municipal/historia/

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